Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa, surgiu da pena do
seu autor no 8 de março de 1914, como afirma o próprio Pessoa em
resposta a uma carta datada 13 de janeiro de 1935, aonde o poeta e
crítico Adolfo Casais Monteiro lhe perguntava qual era a origem dos
seus heterónimos.
Pessoa afirma que então num impeto criativo, em um dia definido "triunfal" do março
1914, depois de ter-se avizinhado a uma cômoda
alta, prendendo um pedaço de papel, começou a escrever, em pé,
como amava fazer. Escreveu num só jato mais de trinta poesias.
Conta que iniciou com um titulo:"O Guardador de Rebanhos" e súbito
advertiu dentro de si a aparição de alguém a quem
deu o nome de
Alberto Caeiro, percebendo-o prontamente como o seu Maestro.
Mas quando no êxtase da inspiraçâo poética, depois de haver
escrito as primeiras trinta e tantas poesias, preparou-se a escrever
outras seis,
que vêem a formar a composição "Chuva Obliqua" de
Fernando Pessoa, assim aconteceu: a personalidade do heterónimo
Alberto Caeiro começou a regredir e aquela de Fernando Pessoa
prevaleceu, protestando pela insubsistência daquela de Caeiro.
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Alberto Caeiro, eteronimo di Fernando Pessoa sortì dalla penna
del suo autore l'8 marzo 1914, come afferma lo stesso Pessoa in risposta
ad una lettera datata 13.01.1935, in cui il poeta e critico Adolfo
Casais Monteiro, gli chiedeva l'origine dei suoi eteronimi.
Pessoa afferma dunque che in un impeto creativo, in un giorno definito "trionfale" del marzo
1914, dopo essersi avvicinato ad un alto
canterano, afferrato un pezzo di carta, cominciò a scrivere, in piedi,
come amava fare. Scrisse di seguito più di trenta poesie.
Racconta che iniziò con un titolo:" Il Guardiano di Greggi" e
subito dopo avverti dentro di sé l'apparizione di qualcuno a cui diede
immediatamente il nome di Alberto Caeiro, percependolo subito come il suo Maestro.
Ma quando sotto l'ispirazione poetica, dopo aver scritto le prime
trenta e più poesie, si accinse a scriverne altre sei, che insieme
formano la composizione "Pioggia Obliqua" di Fernando Pessoa,
accadde questo: la personalità dell'eteronimo Alberto Caeiro
cominciò a regredire e quella di Fernando Pessoa prevalse,
protestando l'insussistenza di quella di Caeiro.
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