Pessoa relata, como um curioso evento, numa carta a Armando
Cortes Rodrigues com data do 04 outubro 1914, que o nome "Caeiro" ficou-lhe impresso
um dia quando passava de carro pela Avenida Almirante Reis e diante de uma farmacia leu num letreiro:
"Farmacia A. Caeiro".
Em seguida, tratando de esclarecer a verdade sobre Caeiro que, segundo êle,
só um certo Sr. Ferro conhecia, Pessoa escreveu na
mesma carta de haver combinado um encontro entre o Sr. Ferro e o Sr.Guisado, e de haver proposto
ao Sr. Guisado de mencionar naquela ocasião, assim por
puro caso, o poeta Caeiro, dizendo de havê-lo encontrado na Galiza e de não
haver tido o tempo de trocar duas palavras com êle,
o qualquer coisa de semelhante.
Daquilo que nos diz Pessoa, o encontro aconteceu: o Sr. Ferro se
apresentou acompanhado de um seu amigo que era caixeiro-viajante
e o Sr.Guisado, como
era previsto, fez menção ao argumento Caeiro, dizendo que quando
foram apresentados não haviam trocado mais de duas palavras.
Mas o Sr. Ferro cortou súbito, borbotando que se calhar si tratava
de qualquer insecto,e que ele nunca tinha ouvido falar nele. Pessoa narra
que a este pontio da conversação, o caixeiro-viajante interviu,
afirmando que já tinha ouvido falar daquele poeta e que talvez
da qualquer parte, não se lembrava bem, já havia lido alguns versos dele. E
assim dizendo resolveu a questão pro Sr. Guisado que não perguntou
mais nada, ficando com dor de barriga pela risada reprimida.
Mas numa anotação incompleta, na qual Pessoa designa como biografo
Ricardo Reis, se certifica que Alberto Caeiro da Silva nasceu em Lisboa no
abril de 1889 (sem data) e sempre em Lisboa, morreu de tuberculose no ano
de 1915 (sem data).
|
|
Riferisce
Pessoa curiosamente, in una lettera a Armando Cortes Rodrigues datata
04.ott.1914, che il nome "Caeiro" lo colpi, un giorno, mentre passava
in macchina in Avenida Almirante Reis, davanti a una farmacia in cui si leggeva
su una insegna: "Farmacia A.Caeiro".
In seguito, tentando di mettere in chiaro la verità su Caeiro che, a suo dire,
solo un certo Ferro conosceva, Pessoa scrive nella stessa lettera
di aver combinato un incontro tra Ferro e Guisado e di aver chiesto
a quest'ultimo di accennare in tale occasione come per caso al poeta
Caeiro, dicendo di averlo incontrato in Galizia e di non aver avuto
il tempo do parlargli, o qualcosa di simile.
Da quel che racconta Pessoa, l'incontro ebbe luogo: Ferro si presentò in
compagnia di un commesso viaggiatore amico suo e Guisado prese, come
previsto, l'argomento Caeiro, dicendo che alla presentazione aveva
appena scambiato due parole con lui.
Ma il Ferro tagliò corto, sbottando che doveva trattarsi di
qualche insetto, e aggiunse che lui non ne aveva mai sentito parlare.
Pessoa racconta che a questo punto interloquì, insperato, il commesso
viaggiatore, affermando che aveva già sentito parlare di quel
poeta e che gli sembrava di aver letto da qualche parte anche alcuni
dei suoi versi, togliendo cosi le castagne dal fuoco per conto di
Guisado che non chiese altro, reprimendo a stento le risa.
Ma in una annotazione incompleta, in cui Pessoa elegge come biografo
Ricardo Reis, si certifica che Alberto Caeiro da Silva nacque a Lisbona
nell'aprile del 1889, (senza data), e nella stessa città morì di
tubercolosi nell'anno 1915 (senza data).
|